sexta-feira, 1 de maio de 2009

Solto na Cidade em novo formato

Após 14 edições no estilo “mapa”, a equipe do SOLTO NA CIDADE resolveu reformulá-lo. Disponível em 85 pontos de distribuição a partir do dia 29 deste mês, o número 15 (de 1º a 15 de maio) sai em formato de revista de bolso, com 32 páginas e novas seções, passando de um guia de agenda cultural para também de lazer, entretenimento e serviços. Afinal, quem não gosta de uma boa dica de restaurante ou de ler uma boa entrevista? E esta ampliação se estendeu para a equipe, que agora conta com colaboradores importantes, como a jornalista Dani Pacheco e o chef Guga Bulhões, este responsável pela seção “Gourmet”, além da colaboração da cinéfila Milena Azevedo. Para marcar o lançamento de 15 edições e do novo formato, o Solto na Cidade convida seus leitores a comemorar, no próximo sábado (2), no Aprecie Pub (rua das algas, 2282, Ponta Negra). A trilha sonora fica por conta da banda Café, tocando grandes sucessos da música internacional. A noite promete muita animação e algumas surpresas. Para participar, é só se cadastrar no site www.soltonacidade.com.br e mandar um e-mail para contato@soltonacidade.com.br com nome completo, RG e telefone. Para garantir o acesso ao evento, é necessário comparecer portando documento de identificação com foto. O SOLTO NA CIDADE tem periodicidade quinzenal, tiragem de 10 mil exemplares por edição e é distribuído gratuitamente em shoppings, cinemas, teatros, livrarias, entidades culturais, hotéis, cafés, restaurantes, bares, universidades, entre outros pontos estratégicos. A publicação conta com o apoio da Prefeitura Municipal do Natal, Assembléia Legislativa, Fundação de Cultura de Parnamirim, entre outros parceiros da iniciativa privada e pública.
Texto da jornalista Anne Caroline Medeiros.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sai o Edital para o Prêmio Moacy Cirne de quadrinhos

O Governo do Estado do RN, através da Fundação José Augusto, torna pública a abertura de mais dois editais culturais, desta vez, contemplando a área de dança e de quadrinhos. O prazo de inscrições destes dois editais prossegue até 12 de junho.

Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos

Serão escolhidos 10 quadrinistas potiguares que integrarão uma coletânea de quadrinhos. O prêmio tem o objetivo de revelar e premiar o talento dos artistas profissionais ou amadores que militam na arte dos quadrinhos no Rio Grande do Norte, além de impulsionar a produção artística nessa área. Serão concedidos dez prêmios de histórias em quadrinhos, totalizando a soma de R$ 40.000,00, divididos da seguinte forma. a) Infantil - 1º lugar: R$ 4.250,00 e 2º lugar: R$ 3.250,00 b) Histórico - 1º lugar: R$ 6.000,00 e 2º lugar: R$ 5.000,00 c) Aventura, Humor e Ficção - 1º lugar: R$ 6.000,00 e 2º lugar: R$ 5.000,00 d) Jovens Artistas - 1º lugar: R$ 1.500,00 e 2º lugar: R$ 900,00 e) Tema Livre - 1º lugar: R$ 4.550,00 e 2º lugar: R$ 3.550,00

Para ler o Edital na íntegra, clique aqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lembranças de uma guerra que se quer esquecer

O cérebro humano é mesmo algo incrível. Para nos salvaguardar de experiências traumáticas, simplesmente deleta as imagens, confundindo a nossa memória. Mas o que fazer quando pequenos flashes de lembranças desagradáveis se manifestam em forma de sonhos?

O cineasta Ari Folman resolveu fazer um documentário em formato de animação, desenhado por David Polonsky, chamado Valsa com Bashir – que também resultou numa história em quadrinhos, publicada recentemente, no Brasil, pela L&PM (colorido, papel couché, R$ 46,00) –, para contar ao mundo a sua experiência com os mistérios da falta de memória sobre a sua participação na Guerra do Líbano, mais especificamente no massacre ocorrido nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, no ano de 1982, quando os cristãos falangistas mataram sem dó nem piedade os palestinos muçulmanos.

A história toda tem início quando um amigo de Folman lhe relata um estranho sonho com cachorros, intrigando-o porque esse sonho remetia à lembranças da Guerra do Líbano, lembranças essas que ele não tinha, mesmo sabendo que esteve lutando, como soldado, por lá.

Não entendendo o que está acontecendo e sendo perturbado por um sonho recorrente, onde ele e mais dois amigos, dos tempos da citada guerra, saiam do mar e caminhavam nus, em direção à Beirute, parte para encontrar esses amigos e descobrir o que é real e o que é “construção” da sua memória.

Para surpresa de Folman, alguns desses amigos também não lembram de várias passagens da Guerra do Líbano. Isso faz com que ele fique ainda mais confuso, até que conversa com a professora Zehava Solomon, a qual lhe explica sobre o “evento dissociativo”, um trauma de guerra bastante comum.

Apesar de tudo o que descobre, as memórias sobre o massacre de Sabra e Chatila ainda não são claras. Folman averigua mais um pouco. Sua mente culpada não lhe permitia enxergar, então ele relembra que esteve mesmo lá, disparando sinalizadores noturnos, mas logo declara que não viu nada da matança. E então, quando as memórias mais dolorosas regressam à sua mente, as imagens passam a ser fotografias, não mais desenhos. Foi real. Foi desumano. Foi algo a ser esquecido, mas que não podia ser apagado dos olhos do mundo.

Texto a ser publicado na versão impressa do Solto na Cidade.